Valorize as capacidades e respeite os limites. Com esse lema, centenas de pessoas participaram da caminhada de conscientização do autismo, na orla de Santos, entre o Canal 6 e a Fonte do Sapo, no bairro Aparecida, na manhã deste domingo (7). O evento, organizado pelo Grupo Inclusão para Todos, contou com o apoio da Prefeitura de Santos. O passeio faz parte da programação do Abril Azul, mês voltado para dar destaque às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“A união das entidades, da sociedade civil, com o apoio do poder público, na caminhada, é muito importante para dar mais visibilidade às pessoas com TEA e também para as políticas públicas e serviços destinados a elas”, afirmou a coordenadora da Coordenadoria de Defesa de Políticas para Pessoas com Deficiência (Codep), da Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos (Semulher), Cris Zamari.
Ela explica ainda que o Município atua de forma integrada com várias pastas, como Saúde, Educação, Desenvolvimento Social e Esportes. “Trabalhamos para oferecer um atendimento com estrutura em várias vertentes para melhorar a qualidade de vida dos munícipes com TEA”, acrescentou.
Para o presidente do Grupo Inclusão para Todos, Francisco José Moreira da Silva Júnior, o evento marca um dia de luta e de chamar a atenção de todos para que entendam o que é o autismo, além de fortalecer as políticas públicas de qualidade para essas famílias. “É um dia de luta, um dia de conscientizar as pessoas do trabalho que está sendo realizado nesta área”, avaliou. A organização atende mais de 2.500 famílias, principalmente aquelas em vulnerabilidade social na Zona Noroeste, e realiza um trabalho de busca ativa das pessoas com TEA fazendo o encaminhamento para os serviços públicos.
Bruna Malavasi veio para a caminhada com seus filhos gêmeos, Bruna e Pedro, de 13 anos, e sabe o quanto é importante dar visibilidade para o TEA para acabar com o preconceito. “É importante unir todo mundo, para trazer mais o autismo para a rua. As pessoas têm que saber o que é realmente e ver que não é do jeito que, às vezes, falam”. Ela reconhece que, há 10 anos, quando teve o diagnóstico dos filhos, havia muito menos conhecimento, mas que, hoje, a realidade está mudando. “O começo foi difícil, porque havia muito menos informação. Mas agora é maravilhoso, pois cada vez mais as pessoas entendem melhor do que se trata”, finalizou.
Fonte: Santa Portal